AMÉLIA ARMANDO NHALUNGO MUTEMBA
Professora
O meu ingresso a este curso deve-se ao fato de eu ter sido formada no ramo da agricultura. Sendo professora da disciplina de agropecuária e aluna do curso de Ikebana, necessitava aumentar os conhecimentos sobre a Agricultura Natural.
No decorrer do curso aprendemos que a Agricultura Natural, cujo principio consiste em fazer manifestar a força do solo, é a prática de cultivar os vegetais da forma mais natural possível, sem o uso de agrotóxicos e nem de adubos de origem animal (estrume), para evitar prejuízos na saúde pública e alterações no sabor dos alimentos.
Aprendemos ainda varias formas de preparar o solo e semear e plantar diferentes culturas como couve, morangueiros, quiabo, tomate, feijão bôer, vários tubérculos, etc.
Aprendemos também a fazer o acompanhamento do crescimento das plantas, acrescentando sempre que necessário o composto orgânico, fazer a poda e o desbaste.
Foi-nos ensinadas varias técnicas de colher e processar os vegetais. Por exemplo, colher as folhas da batata-doce com os respectivos talos assim como processar o amaranto (tseke) sem retirar os seus, etc.
Em relação ao agroprocessamento, aprendemos a fazer geléias e licores a partir da polpa e da casca de alguns frutos.
Conhecemos novas plantas alimentares que nascem espontaneamente no nosso país como a vinagreira, considerada superalimento, fruto do cactos, Maria-preta, etc., e outras introduzidas como a rúcula, hortelã, aneto, erva-doce, e ainda o emprego de algumas partes das plantas na alimentação (sementes de tseke).
Durante as aulas praticas houve oportunidade de confeccionar alguns pratos tradicionais desde aperitivos, prato principal e até sobremesas (lifetse-Molina, bajhias, tihove, xiguinhas, bolos de massaroca e rúcula) e ainda saboreamos o chá verde quente e gelado, feito associando as folhas verdes de algumas ervas aromáticas. Saboreamos sandes de vegetais associando uma grande diversidade de plantas.
Após o início do curso a atenção ficou virada à manutenção das plantas de minha casa utilizando as técnicas da Agricultura Natural e houve muita motivação em adquirir novas plantas para aplicar melhor as técnicas aprendidas.
Para partilhar os conhecimentos obtidos, foram convidados os vizinhos, amigos, irmãos em Cristo e de sangue e alunas para uma demonstração da Agricultura Natural, cujo soltado tem sido maravilhoso e, uma vez aluna do curso de Ikebana, acabo associando a produção de flores à decoração.
Que a Agricultura Natural conste no programa curricular do ensino básico, de forma que haja mais assimilação e aproveitando a facilidade na disseminação da informação nesta faixa etária.
Que haja mais divulgação de informações acerca da Agricultura Natural, uma vez provados os seus benefícios para os seres vivos.
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