segunda-feira, 6 de outubro de 2014

EXPERIÊNCIAS E SUCESSOS COM O CURSO DE AGRICULTURA NATURAL EM MOÇAMBIQUE

ANTONIETA MARCACIA ANTONIO JAFAR
Professora




 
 
 
 
 
 
 
 
Chamo-me Antonieta Marcacia Antonio Jafar, de nacionalidade moçambicana, nascida na província da Zambézia, distrito de Namacurra, localidade de Macuse. Tenho 61 anos de idade e sou professora.
Meus avós e bisavós sempre tiveram grandes plantações de coqueiros e outros produtos tais como arroz, milho, mandioca, feijão manteiga, feijão nhemba, feijão boer, feijão soloco e outros. Quanto a hortícolas,  cultivavam alface, couve e outras. Dos coqueiros eles extraíam sura como bebida e também madeira para mobílias e caixões. O coco servia de alimento e dele também extraíam óleo e sabão; da casca do coco faziam couro de colchões; com o macubar cobriam casas e também confeccionavam vassouras; o cafuro servia de lenha. 
Sendo neta e bisneta de agricultores abracei essa atividade com gratidão. Quando ingressei na Igreja Messiânica, um dos ensinamentos do fundador Mokiti Okada que mais me tocaram foram aqueles relacionados com a Agricultura Natural.
Além desse curso também tive a oportunidade de frequentar a formação para professores oferecida pela Igreja Messiânica e a Africarte. Os conhecimentos adquiridos nesse ano, no Curso de Agricultura Natural em Moçambique, já estão a ser repassados para os meus alunos em aulas na própria escola onde trabalho.
Com o curso aprendi muitas coisas, como por exemplo o preparo da terra, preparo das mudas e manutenção das plantas, importância das barreiras de vento com papaieiras e feijão boer (feijão guandu).
Em Agricultura Natural estou a desenvolver acções na província da Zambézia (distrito de Nicuadala, localidade de Nicurruma) com 61 pessoas num projecto de associação para o desenvolvimento da mulher e criança rural. Nessa atividade já temos uma machamba com mil pés de ananaseiros, mandioca, milho, feijão nhemba, feijão boer e muitas outras culturas. Quanto às hortícolas já tivemos alface, couves, beterrabas e feijão toroco.
O aprendizado da Agricultura Natural não foi difícil porque a população não utilizam estrumes e fertilizantes. A diferença é que eles queimavam o capim. Com as aulas e orientações, eles entenderam os princípios da Agricultura Natural e conseguiram aceita-los, sendo hoje muito gratos pelos ensinamentos transmitidos.


Nenhum comentário:

Postar um comentário